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Texto de Análise - A Literatura Hinduísta, por Louis Renou

Generalidades
Não dispomos, para o ingresso no hinduísmo, de um texto comparável, em importância e santidade, ao Veda, ao «Absoluto - em - forma-de-palavra», como lhe chamam. Os documentos mais antigos da Índia pós-védica (abstraindo os tratados canônicos do jainismo e do budismo, que se encontram fora do hinduísmo e, por conseguinte, do nosso assunto), são a Grande Epopéia e, depois, os Purânas. São textos sânscritos, redigidos numa língua muito mais modernizante que mesmo a dos documentos menos antigos do Veda. Mas não se trata de textos religiosos, embora o elemento religioso ocupe um lugar considerável. Com efeito, é o Veda que continua, pelo menos nominalmente, a servir de base às crenças hinduístas. A especulação concentrar-se-ia por muito tempo, de forma privilegiada, nos Upanishads. Somente os Brâhmanas e Sûtras foram relegados para a categoria de técnicos, confinados ao ensino escolástico. Por outro lado, surgiram textos novos, ora prosseguindo na estrutura dos textos védicos, ora afastando-se mais ou menos deles.[...]
Os Vedas
Os únicos monumentos da religião védica são textos, de data e inspiração variadas. Esses textos formam um conjunto excepcionalmente amplo e importante, embora o que se conservou até nós represente apenas, segundo a tradição, urna pequena parte do que existia na origem. Com efeito, essa literatura foi-nos transmitida repartida por escolas, a que a tradição chama «ramos», as quais começaram por ser em número de quatro, em virtude da função quádrupla dos celebrantes, e depois cindiram-se noutros «ramos» devido aos ensinamentos particulares a que deu origem o desenvolvimento progressivo da pràtica religiosa e sua extensão através de toda a Índia. Ora, nem todas as escolas primitivas, nem todos os ramos secundários (nem a totalidade ou a integridade dos textos num mesmo ramo) chegaram até nós, muito longe disso.
Os textos mais importantes e, de resto, os mais antigos são as quatro «compilações» (Samhita) que formam aquilo a que se chama “os quatro Vedas”. O termo veda, que significa «saber», também se emprega, num sentido amplo, para designar toda ou uma parte da literatura ulterior, fundada numa ou noutra das quatro Samhitâs.
São:
1) O Rig-Veda ou «Veda das Estrofes», o documento das literaturas indianas mais antigo: reunião de cerca de mil hinos às divindades, que prefigura uma espécie de antologia obtida compilando as peças conservadas por velhas famílias sacerdotais; a maior parte desses hinos refere-se mais ou menos diretamente ao sacrifício de soma; no entanto, alguns têm urna relação muito reduzida ou mesmo nula com o culto;
2) O Yajur-Veda ou «Veda das Fórmulas», que nos é transmitido em várias recensões: urnas combinam-se com as «fórmulas» que acompanham a liturgia dos elementos de um comentário em prosa -é aquilo a que se chama o Yajur Veda Negro-, enquanto outras apenas dão as fòrmulas e trata-se então do Yajur-Veda Branco;
3) o Sâma-Veda ou «veda das Melodias» é urna coletânea de estrofes como o Rig-Veda, no qual, alias, essas estrofes se inspiram na quase totalidade, mas estão dispostas com vista à execução do cântico sagrado e comportam notações musicais;
4) Finalmente, o Atharva-Veda é também uma compilação análoga ao Rig-Veda, mas de caráter em parte mágico e em parte especulativo. A tradição fala com freqüência de «três Vedas» ou da «tripla ciência», porque considera implicitamente o Atharva estranho à alta dignidade própria dos «três Vedas». Seguem-se, na ordem cronológica, os Brahmanas ou «Interpretações sobre o brama», comentários em prosa que explicam quer os ritos, quer as fórmulas que os acompanham. Há os ligados aos diferentes Vedas e até dois ou mais de dois para todos os Vedas, exceto para o Atharva. Estes dois primeiros ramos da literatura védica formam aquilo a que se chama a çruti ou «revelação»; por outras palavras, passam por ser de origem divina, resultar de uma comunicação por «vidência» feita a determinados seres humanos privilegiados. A çruti comporta ainda textos mais breves, completamente naturais dos Brâhmanas, os Âranyakas ou «Tratados Florestais», próprios para serem recitados longe das aglomerações, c os Upanishads ou «Concepções», que se envolvem no vivo das especulações.[...]
Textos de tipo védico
a) Os Upanishads pós-védicos fabricaram-se sem descontinuidade até aos confins da era moderna. Há visnuítas, çivaitas e tântricos e alguns com afinidades particulares com um ou outro sistema filosófico. Alguns Upanishads do período védico permitiram o acesso a valores novos: crença num Deus pessoal, exaltação da mística, etc., e foi assim que se pôde classificar uma delas, a Çvetâçvatara, como «a porta de entrada do hinduismo».
b) Os Sûtras védicos relativos ao «direito» civil e religioso deram impulso a uma vasta literatura que fazia a substância daquilo a que se chamava Smriti ou «tradição memorizada». Essa literatura, que abarcava a denominação geral de Dharma-Çàstra ou «Ensino sobre a Lei», conservou-se, pelo menos no início, penetrada de religiosidade, enchendo-se a pouco e pouco de valores profanos, elementos de um direito secular, problemas de governo e administração, etc. Assim, o famoso texto conhecido pelo nome de Leis de Manu, cuja data exata é indeterminável (por volta dá era cristã, sem dúvida), proporciona um quadro muito completo da sociedade indiana, das classes e das castas, mas também engloba regras religiosas aferentes ao velho ritual doméstico. Principia por um exórdio cosmogônico, para terminar numa doutrina sobre os atos, o destino da alma e a libertação. Outros tratados análogos revelam-se mais continuamente profanos, mas a marca religiosa acha-se gravada em muitos dos seus pormenores.
Textos épicos
A Grande Epopéia desenvolveu-se pouco a pouco, a partir do século II antes da nossa era (e ainda antes em alguns episódios), nos meios de bardos e genealogistas adstritos a diversos principados do Norte da Índia. Essas longas descrições, aumentadas e modificadas gradualmente, conduziram à redação de duas vastas epopéias: o Mahâ-Bhârata ou «A Grande Guerra dos Bharatas» e o Râmâyana ou «A gesta de Râma». A sua conclusão pode ter exigido quatro ou cinco séculos. Tanto umas como outras, essas obras concentram-se em personagens reais, privilegiadas no plano divino. A primeira narra as aventuras da família dos Pândavas, cinco irmãos, alvo do ódio dos seus primos contra os quais reivindicam o reino: a luta surda culmina com uma batalha impressionante na qual perece a maior parte dos chefes; os cinco irmãos e a sua esposa comum, Draupadî, sobrevivem, mas para desaparecerem pouco depois, ceifados por uma morte sobrenatural. A segunda epopéia, mais curta, mais condensada, descreve a vida do herói Râma, que desposou a princesa Sîtâ e, tendo-a perdido, raptada por um demônio, parte à sua procura e reconquista-a no final de uma longa guerra. No entanto, em conformidade com a tendência para a tragédia das epopéias, Sîtâ acaba por seguir o caminho da floresta e sucumbir a morte sobrenatural. Os dois textos são, sob diversos aspectos, de caráter religioso: não só pelas cenas maravilhosas que abundam, clima mítico e divinização dos heróis -Krishna por um lado e Râma por outro (isto pode dever-se a uma redação posterior)- mas, sobretudo, pelo sermão quase permanente que desenvolvem sobre a ética e o ideal hinduístas, sobre os deveres das castas, as prerrogativas do brâmane, etc., ao ponto de, por momentos, pelo menos no Mahâ-Bhârata, a narração parecer uma simples ilustração do dharma hindu. Foi com inteira justificação que se considerou o Mahâ-Bhârata uma soma do hinduísmo, enquanto o Râmâyana era já mais secularizado. Finalmente, a primeira epopéia contém um episódio que se reveste da dignidade de uma espécie de Evangelho, a Bhagavad-Gîtâ ou «Canto do Bem-Aventurado»: são as palavras que, antes da grande batalha, o herói Khrishna, cocheiro do carro de Arjuna (um dos cinco irmãos), dirige ao seu companheiro para o incitar a agir. Em seguida, mostra-lhe que só o ato desinteressado tem valor e, por fim, gradualmente, atrai-lhe o pensamento para o Ser supremo, guardião e garante dos atos, para os métodos que se oferecem para chegar até Ele. E então que o «cocheiro» de Arjuna se revela na sua verdadeira natureza, através de uma teofania grandiosa, como sendo precisamente esse Ser supremo que Arjuna procurava confusamente. Foi considerável a repercussão deste texto, venerado em numerosas seitas, infatigavelmente recitado, comentado, imitado ou traduzido.
Os Purânas e Tantras
Os Purânas ou «Antiguidades» são mais vizinhos, ao que parece, daquilo a que chamaríamos tratados religiosos, porque contém de forma prolixa ensinamentos sobre a prática e o ritual, dados sobre as festividades e peregrinações e elementos de mitologia: assiste-se às lutas da grande Deusa contra os demônios, às aventuras guerreiras, galantes ou ascéticas de Çiva, à biografia de Krishna. Mas o seu objetivo próprio é muito diferente. Trata-se de textos com pretensões históricas, que querem descrever a história das dinastias ou pelo menos das genealogias reais e apoiar as bases dessa história por uma cosmogonia e uma teogonia que mergulham no mais profundo das eras míticas. A pouco e pouco, esses textos, carregados de interpolações, encheram-se de materiais de todas as procedências. Alguns parecem ter sido concebidos para as necessidades de urra seita particular, e os Purânas superiores, em número de dezoito, foram classificados pela tradição como Purânas vishnuítas, çivaítas e bramaítas (=dedicados a Vishnu, Çiva e Brama). O mais célebre desses textos, mas não o mais antigo, é o Bhâgavata-Purâna, que descreve a vida do herói-deus Krishna (p. 47), insistindo nos motivos que regem a devoção: seria o texto de ligação das seitas krishnaítas.
A literatura dos Purânas pode estender-se, no seu conjunto, dos primeiros séculos da nossa era até ao século XII e porventura mais além. Em torno dos Purânas secundários ou menores gravitam hinos, litanias, «glorificações» de lugares santos, etc. Podem anexar-se a este tipo literário o Yoga-vásishtha, imponente poema lendário e filosófico (séc. X ?), e o Caturvargacintâmani de Hemâdri (séc. XIII), vasta coletânea mista entre o gênero purânico e a Smriti.
Mais ligáveis a estas seitas ou grupos de seitas são tratados análogos aos Purânas, a que por vezes se atribui a designação de Tantras «Livros». Mais freqüentemente, distinguem-se entre esses Livros os tratados vishnuítas ditos Samhitâs ou «Coletâneas», os çivaítas ou Âgamas «Tradições» e, finalmente, os Tantras propriamente, que se referem a um aspecto da religião denominado, segundo eles, tantrismo que não é destituído de afinidades com as seitas çàktas . Foram fabricados Tantras quase até aos nossos dias. Com efeito, esses Tantras (no sentido amplo do termo) são as verdadeiras bases literárias do hinduísmo como se pratica na atualidade. Encontram-se neles descrições rituais minuciosas (rituais de simbolismo e de adoração), elementos de doutrina e de ética e, finalmente, métodos próprios para aperfeiçoar a individualidade psíquica (ioga).
Outros textos sânscritos
O resto do que temos para enumerar, ou deriva de um sector particular e abordá-la-emos no capitulo VI ou pertence a gêneros propriamente literários, de execução erudita, e é nesse âmbito que se deve analisar:
a) Em primeiro lugar, há o conjunto de textos sânscritos que representam aquilo a que se pode chamar belas-letras: contos e romances, poesia lírica e didáticas, teatro. Se os contos (diferentes dos das tradições búdicas e jainas) só remotamente são obras religiosas, podem considerar-se, em contrapartida, numerosos os dramas e ainda mais os poemas de inspiração devota. Muitos vulgarizam as doutrinas filosóficas cujas convivências com a religião se conhecem, enquanto outros são, diretamente, hinos à glória desta ou daquela divindade. Temos assim estrofes líricas em Vishnu, em Çiva, na Deusa, odes ao Sol, numerosas peças intituladas «Vaga de graça» ou «de beatitude», «Atração pela tranqüilidade», etc. Uma obra dramática como o «Despontar da Lua do Conhecimento» (séc. XI) descreve de forma alegórica a vitória do Vedânta vishnuita sobre as outras seitas e sobre as heresias. Trata-se, pois, da edificação. Mas a maior parte das obras de alta lírica, aquilo a que se chama «grandes poemas» ou epopéias líricas, têm uma efabulação de origem semi-religiosa, porquanto inspiram o seu tema na Epopéia e nas Purânas e, exaltando o dharma hindu, abordam fatos de culto ou de adoração, recordações de mitos e de lendas piedosas. Deste ponto de vista, pode-se considerar Kâlidâsa, o grande poeta lírico e dramático do século V (aliás, data motivo de controvérsia), um autor religioso, pois a ordem social, a ética e a função real são os aspectos de uma mesma realidade ou, se se quiser, de uma mesma norma, que também engloba a religião.
b) Obras singulares que merecem ser notadas à parte, senão pela sua feitura que é a da lírica usual, mas pelo seu conteúdo, são os poemas ambíguos, que se interpretam simultaneamente como divertimentos eróticos e como a expressão da devoção mais ardente: trata-se do resultado de algumas tendências pietistas que prevaleceram a partir de uma certa época. A mais conhecida dessas obras é o Gîtagovinda ou «Canto do Pastor» (séc. XII), uma espécie de pastoral requintada que descreve os amores do deus Krishna e da iovem Râdhà em termos de um realismo intenso, no estilo do Cântico dos Cânticos.
c) Segue-se a literatura filosófica. Não existe, de modo algum, entre filosofia e religião a demarcação que estamos habituados a estabelecer. Aquilo a que se chama (impropriamente) sistemas filosóficos, e não passa de «concepções» (darçana), ou seja, de pontos de vista diferentes de uma mesma realidade supra-sensível, tomaram todos em diferentes graus, por objetivo, o acesso à Libertação; de especulações livres, tomaram-se soteriologias e enveredaram pela via do teísmo. O primeiro desses darçanas, a Mîmâmsâ, que era uma «reflexão» sobre o ritual védico, preocupou-se tanto com problemas teológicos como o segundo darçana, o Vedânta ou «Fim do Veda», que, desde a origem, tentava elaborar, com base nos Upanishads, uma ontologia e uma mística. De resto, o Vedânta, a partir pelo menos do século XII, agregou-se em grande parte a determinadas seitas e empenhou-se em demonstrar valores de amor-fé, de graça, de abandono a Deus. O sistema Sânkhya, pólo oposto ao Vedânta, porque instaurava um dualismo essencial da matéria e do espírito, tomou-se igualmente teísta, como era o Ioga desde a constituição em darçana: o Ioga junta a uma especulação inspirada no Sânkhya uma busca prática de uma natureza diferente: uma técnica psicofisiológica para acesso a estados e poderes supra-humanos. O Ioga é, em certos aspectos, mais uma magia que uma religião, mas não deixou de ser arrastado pela corrente do tantrismo e do hinduismo geral. Quanto ao Nyâya e ao Vaiçeshika, os dois últimos darçanas, eram tentativas de explicação científica, incidindo um na lógica formal e na teoria do conhecimento e o outro nas «categorias» e na teoria dos átomos. Tanto um como o outro sofreram a atração das formas religiosas e, por exemplo, a lógica instaurada pelas escolas do Nyâya serviu para demonstrar a existência de Deus.
Convém finalmente notar que disciplinas semicientificas (como a alquimia) se deixaram penetrar por idéias místicas, que a astronomia andou muito tempo a par da astrologia, etc.
As fontes não sânscritas
As línguas derivadas do sânscrito (neo-indianas, indo-arianas modernas, como por vezes se lhes chama) -em especial o bengali, o marata e o hindi e as línguas dravidianas por outro lado (as do Sul da Índia, que são pela origem estranhas ao sânscrito, penetradas em diferentes graus por influências sânscritas) deram lugar igualmente a vastas literaturas religiosas. Essas literaturas insistem com freqüência em aspectos novos da crença, que eram mais ou menos mal atestados pela literatura sânscrita: assim, no Sul, na mitologia, algumas práticas diferem, pelo menos nos nomes, do que existe no Norte. O emprego dos vernaculares no Norte originou a invasão de noções populares, fatos de devoção ingênua, práticas sectárias, que não tinham conseguido encontrar audiência na literatura antiga, sempre um pouco hierática.
As literaturas dravidianas
O tâmul (falado na região que vai do Norte de Madrasta ao extremo sul da península) tem uma literatura cujos primórdios (anteriores ao Século VII) são puramente laicos, ao contrário do que acontece na maior parte dos outros domínios literários: os costumes bramânicos e os cultos locais são mencionados aquie ali, mas em todo o ciclo do Sangam -a «academia» que agrupa os textos mais antigos em língua tâmul - só se encontra um poema isolado, o «Guia de Muruga», que atesta uma inspiração religiosa: trata-se um elogio de Muruga, o Skanda dos paises do Sul, filho da Deusa temível. Os textos que seguem ao Sangam revelam uma mistura em que os dados jainas e budistas interferem com fatos propriamente hinduístas. Seria necessário esperar pelo século VII para assistir àquilo a que se chamou «despertar çivaita», com um grupo de sessenta e três santos, vários dos quais deixaram nomes na poesia, sendo o maior Mànikka Vàçagar, cujas odes se caracterizam por uma admirável inspiração lírica. A partir do século XI constituem-se Purânas çivaítas. Paralelamente, um movimento vishnuíta entra em ação com os Àlvârs, série de doze sábios aos quais se atribui uma vasta coletânea de hinos, o «Veda tâmul», em que domina a figura Nammâlvâr, no século IX. Sucedem-se numerosas obras até aos nossos dias, entre as quais ocupam um lugar destacado as adaptações de obras sânscritas, em particular da Epopéia.
Em kannara (região de Mysore e noroeste dai), a literatura é mais recente. Trata-se, em grande parte, dos textos da seita dos Lingâyats: lírica, lendária, obras de controvérsia, pelo menos a partir do século XII. Também se encontram textos vishnuítas a partir do século XIV, com apogeu no XVII.
Em telugu (Norte e Nordeste de Madrasta até Orissa), as obras religiosas abundam a partir do século XI, mas tratam-se, sobretudo, das adaptações da Epopéia e dos Purânas. Seria necessário esperar por Vemana (séc. XV ?), para ver surgir uma inspiração autônoma, nitidamente popular, que deu impulso a uma religião sem práticas exteriores.

in Renou, L. O Hinduísmo. Lisboa: Europa-América, 1969