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Aspectos do Cotidiano

Vida cotidiana, sexualidade e cultura

Os indianos antigos tinham uma vida de trabalho constante, que aumentava em obrigações segundo a varna de cada um. Em geral os Brâmanes levavam a vida mais calma, executando ofícios e rituais e vivendo de rendas e contribuições geridas pelas outras varnas. Viviam sobre uma série de prescrições alimentares e sociais excludentes, e podiam possuir servos e escravos, embora o receio de serem contaminados por “impuros” os fizessem preferir no trabalho caseiro as mãos de elementos de sua própria varna, em geral familiares, senão no máximo de outras varnas mais próximas.

A questão das varnas aí é importante: ela incluía um estamento jurídico que delimitava cada varna segundo não só a função social do homem como sua origem familiar, sua profissão, sua língua, seu lugar de nascimento, etc. Por vezes, dentro de uma varna existiam subgrupos, com leis específicas para cada. A tendência de homogeneizar estava mais presente de fato nas outras varnas, principalmente nas inferiores.

Já os Kshatryas e os Vasyas viviam mais livremente, já que podiam trabalhar em diversas atividades lucrativas e sofriam prescrições mais leves que as dos brâmanes. De fato, aos sudras e aos párias é que restavam as piores atividades sociais, mas em seu meio a liberdade de relações era bem maior.

A vida rural e agrária repousa numa sociedade camponesa do tipo patriarcal que oferece, também, traços de matriarcado e cujos atos principais são baseados no sacrifício. Se bem que desde o princípio as duas classes dos sacerdotes (brâmana) e dos nobres guerreiros (rajania ou xátria) sejam consideradas como dirigentes indiscutíveis, não nos parece que houvesse grande rigor na repartição da sociedade no início da época védica; mais tarde surge uma divisão mais nítida, formando-se, então, duas outras classes, a dos "homens livres" (vaicias) e a dos escravos (sudras). As castas, entretanto, não estão delimitadas ainda tão estritamente como nas épocas seguintes e não são ainda estanques; isto se verifica sobretudo nos Estados orientais, onde a arianização mais superficial e o aparecimento do budismo amenizam a rigidez propriamente bramânica. Os dois Estados hereditários que se acham à frente da sociedade - o sacerdócio e a nobreza - estão estreitamente unidos e gozam de grande liberdade. Brâmames e xátrias podem, com efeito, exercer uma função agrícola ou comercial, ocupar-se de rebanhos ou de caravanas, esculpir madeiras etc.; podem, também, desposar mulheres de casta inferior, mesmo que sejam escravas. Mas com maior freqüência os brâmanes consagram-se unicamente ao ritual: seu poder consolidara-se tanto que ninguém podia dispensar-lhe o concurso, pois todo ato importante da vida individual, bem como da vida oficial, deve, necessariamente, ser acompanhado pelo sacrifício. Os brâmanes, "homens do sagrado", são os oficiantes permanentes; dirigem o ritual e percebem a metade dos honorários, enquanto a outra metade vai para os oficiantes ocasionais, cada um especializado em um ou em muitos atos rituais. Nas aldeias, em cada lar, cabe-lhes o desempenho do papel de um mágico médico. Entre eles é escolhido o capelão (puroíta) do rei que possui a mais alta função sacerdotal; nomeado pelo rei, acompanha-o nas suas mudanças de residência e mesmo na guerra, recita orações e encantamentos para garantir-lhe a vitória ou o êxito nos seus empreendimentos; dirige o culto, preside o cerimonial e percebe gratificações. Os brâmanes das aldeias exercem freqüentemente um ofício que apresenta alguma relação com certos aspectos rituais, tais como o de barbeiro, astrólogo, lavadeiro etc. Paralelamente a eles, existem numerosos ascetas e eremitas que, nos Estados orientais, se encarregam da propaganda do budismo a partir do momento em que este começa a se expandir. Os xátrias são os nobres guerreiros; ocupam-se de administração e de política, participam da guerra e são, geralmente, os proprietários territoriais do país. O rei pertence a esta casta, dentro da qual é escolhido devido aos seus direitos hereditários e dinásticos; é eleito pelo povo ou, pelo menos, confirmado por ele, e não parece ter sido entronizado pelos sacerdotes senão mui tardiamente. Seu papel consiste, antes de tudo, em proteger os súditos e manter às suas custas um corpo de sacerdotes para si mesmo e para o povo. Retira suas rendas das propriedades, formadas por florestas e "lugares desertos"; para isto, arrecada um tributo in natura por intermédio de concessionários. Tendo sido inicialmente chefe de clã ou de tribo, reveste-se de crescente importância e põe o seu poderio em evidência por meio de grandes sacrifícios, como o sacrifício do cavalo (asvameda), e por uma entronização solene (rajasuia); seu caráter divino é afirmado desde o início. A casta dos homens livres abrange os agricultores, os comerciantes e os artesãos; se é verdade que alguns dentre eles chegam a possuir uma fortuna considerável, são, entretanto, sujeitos à talha e à corvéia, servindo de rendeiros aos xátrias, nutrindo-os e acompanhando-os à guerra. Os artesãos e comerciantes agrupam-se em corpo rações, cujos chefes são, freqüentemente, amigos dos nobres. A casta mais baixa é a dos escravos; abrange ela, no princípio, provavelmente, os descendentes dos aborígines reduzidos à servidão pelos árias; a eles acrescentam-se os indivíduos condenados por dívidas, outros cuja pena foi comutada, prisioneiros de guerra e mesmo homens que voluntariamente se "desencastaram" por espírito de penitência. O sudra é um ser impuro por definição, que pode ser ferido e até mesmo morto à vontade; o estudo do Veda e o acesso ao sacrifício lhe são interditos, mas pode acontecer que consiga enriquecer graças ao trabalho: é possível, então, que se possa resgatar. Percebe-se, não obstante, nesta colocação à margem da lei e nesta dependência que pode levar à morte, uma lembrança de lutas sem quartel movidas contra os aborígines pelas tribos árias da época da conquista. Assim, apesar de uma certa flexibilidade no sistema social, há uma acentuada tendência à divisão da sociedade por, técnicas e por funções, divisão baseada nas necessidades impostas pelo culto. Tão típica estrutura da vida social hindu está, portanto, prestes a adquirir todas as características com que a encontraremos na época seguinte.
Auboyer, J. Características da Civilização Védica, (1957).

Isso se refletia também nos papéis sexuais dentro da sociedade. A mulher tinha seu campo de ação bem restrito nos negócios públicos, em virtude do machismo predominante. No entanto, elas eram o pilar da família, tendo grande poder dentro de casa no controle dos filhos e na distribuição das tarefas. Como foi dito, as prescrições religiosas e legais tendiam a diminuir nas varnas mais baixas. Enquanto uma viúva por vezes era obrigada à se atirar numa pira ardente junto com o corpo de seu marido, já que não poderia mais casar, no meio da população mais comum as relações amorosas pareciam ter uma flexibilidade bem semelhante à que conhecemos nas modernas sociedades, permitindo que tal costume fosse de certa forma tripudiado pelos mesmos.

A questão da educação e do domínio das ciências também era restrito, estando as varnas superiores em condições de educar seus filhos pagando tutores e gurus, além de enviá-los à escolas e viagens. Aprendiam gramática, matemática, religião e filosofia, além de artes e música. Ênfases em áreas específicas ocorriam no seio de cada classe, como os kshatryas, por exemplo, que desde cedo ganhavam também treinamento militar. Existia, porém, uma ponte entre essa cultura técnica e as varnas mais baixas, realizadas por aqueles que praticavam o ascetismo e o desprendimento. Esses Richis (sábios) e gurus (professores) divulgavam parte dos seus conhecimentos filosóficos para a população, de uma forma livre e espontânea.

A vida individual das altas castas codificou-se, mas não variou fundamentalmente. A partir deste período, divide-se em quatro fases hierarquizadas, que representam a curva ideal da existência masculina: passam sucessivamente pelos estágios de estudante (bramacharín), de dono da casa (griasta), de anacoreta (vanaprasta) e de eremita ou monge (samniasin). O bramacharin é, de fato, o sucessor do estudante védico; seu estágio dura pelo menos doze anos, pode prolongar-se durante quarenta e oito anos e mesmo, excepcional- mente, por toda a vida. Para que possa tornar-se um bramacharin, o jovem deve formular o pedido ao seu mestre (guru), oferecer-lhe alimentos e oferendas destinadas ao fogo do sacrifício. O guru procede, então, a uma pesquisa relativa ao nascimento e à família do postulante e, sendo o resultado satisfatório, acolhe-o em sua casa, onde se acham assim reunidos quatro ou cinco discípulos. Celebra- se a cerimônia que assinala o início da educação, simbolizando o nascimento espiritual do bramacharin. Desde então, leva este uma existência muito severa e é submetido a rigorosíssimas obrigações; a regra à qual obedece se estriba numa disciplina do corpo e do espírito e num trabalho tanto físico como intelectual; deve, em tudo, total submissão ao seu mestre. Vestido com uma única peça escura, feita de pele de antílope negro, começa a jornada levantando-se antes do guru; adora o sol e consagra seu coração aos deuses, indo depois ajudar o guru; banha-se três vezes por dia e come, depois do mestre, uma alimentação severamente prescrita. Ficando de pé durante o dia, sentando durante a noite, não se abriga quando chove, não se resguarda quando faz frio, atravessa os rios a nado; deve observar uma castidade absoluta e preencher certos deveres quotidianos, tais como mendigar para o guru, manter o fogo do sacrifício, limpar a casa, cuidar do gado, cultivar os campos; acompanha o guru nos seus deslocamentos, assistindo-o nas cerimônias rituais. Sua posição quanto ao guru é a de filho em relação ao pai. Por fim, deve dedicar-se ao estudo. Este varia segundo a casta; se se trata de um brâmane, o discípulo será formado para o ensino; se é um xátria aprenderá o manejo do arco e da espada, as sutilezas do combate e da guerra, conduzir um elefante e uni carro, a equitação, o salto e a natação; ser-lhe-ão ensinadas também a escrita, a pintura, a arte dramática e a medicina. Brâmane, xátria ou vaicia, todos têm de aprender a ser bons donos de casa (griasta); de qualquer maneira deverá o discipulo decorar o Veda e exercitar-se na sua recitação corrente; os objetos deste estudo são, principalmente, os textos do Rig-Veda, do Iajus e o Saman, a fonética, o ritual, a gramática, a exegese, a métrica, a astronomia etc. O método empregado pelo guru para o ensino destas diversas disciplinas é o de um catecismo segundo perguntas e respostas; tal método deve conduzir o bramacharin a praticar, seja a introspecção, cuja finalidade é aniquilar nele todo o desejo e dirigi-lo para o samniasca, seja a contemplação, que suprime a consciência da pluralidade e abre o caminho à ioga. A duração do estágio na qualidade de bramacharin é variável, mas, ainda que, teoricamente, sejam indicados oito anos para um xátria e apenas quatro para um brâmane, não pode ele, de maneira alguma, terminar antes dos dezesseis anos. Quando o estágio chega ao fim, o bramacharin toma um banho ritual e procede à troca de vestes, à qual procedia também o estudante védico. Recebe um grau universitário que varia segundo o estado de seus conhecimentos adquiridos no decorrer dos anos de estudo. Deixa o seu guru, oferecendo-lhe presentes. Imediatamente após superar o estado de bramacharin, o jovem reingressa na sua família; aí, é acolhido com honras; passa a ser recebido por toda parte e é declarado apto ao casamento. Pode, entretanto, prolongar a sua educação, com o objetivo de tomar-se um dono de casa (griasta) perfeito, devendo seguir, para isto, os ensinamentos de especialistas reputados e literatos célebres, os quais percorrem incessantemente o país; pode ingressar em diversas universidades (asrama) onde lhe serão ensinadas a arte, a literatura, a ortopedia, a zoologia, a física, a geometria etc. Pode também participar das discussões das academias que se reúnem nas diferentes províncias e mesmo de congressos convocados pelo rei, durante os quais as trocas de idéias e os debates possibilitam-lhe a aquisição de conhecimentos suplementares de filosofia e ritual. Desde que se tomou griasta, o homem deve fundar um lar e casar-se na sua casta; deve executar ritos privados, viver de seu oficio, dar exemplo de devoção e autodomínio. Toda a sua vida está regulamentada pelas prescrições rituais; são inúmeras e dizem respeito aos menores atos da vida quotidiana, às menores circunstâncias da existência. Ganha-pão de sua família, ele prepara sua própria alimentação, acolhe os mendigos, faz oferendas e continua a estudar os Vedas todas as manhãs. Embora só se considere o griasta depois de ter tomado mulher, esta tem uma posição menos privilegiada do que nos tempos védicos. É, entretanto, admitida nas asrama, onde uma bem cuidada educação lhe é ministrada, na qual a dança e o canto acompanham a filosofia. Mesmo participando integralmente da vida familiar e estando o seu papel de mãe sempre em primeiro plano (a ponto de suscitar a mesma veneração que encontramos na Divina Mãe ou Grande Deusa), nem por isto deixa de estar completamente submetida ao marido ou, na falta deste, ao filho mais velho. Apesar de profundamente respeitada e participando dos ritos quotidianos, não torna parte nos grandes sacrifícios. Finalmente, é-lhe absolutamente proibido um novo casamento em caso de viuvez, pois o matrimônio é um sacramento inviolável; as melhores esposas fazem-se queimar vivas na pira crematória de seus maridos. Numerosos tipos de mulher, freqüentemente contraditórios, aparecem através da literatura; o mais ideal é representado por Sita, esposa de Rama no Ramaiana, cujo amor fiel, beleza, virtudes familiares e pureza constituem um exemplo da felicidade conjugal. Mas existem, por outro lado, muitas alusões, segundo as quais a mulher é essencialmente impura, má, briguenta, leviana, falsa, infiel, de espírito incontrolável; eis por que se recomenda ao marido que "desconfie da esposa". Todavia, tem sempre direito à assistência, ainda quando abandona a casa conjugal. Quando sente a aproximação da velhice, o homem entra num terceiro estado, que é o de anacoreta (vanaprasta). Retira-se, então, para a floresta; sua esposa pode ou não acompanhá-lo. Habita um eremitério servido por urna aguada e composto de choupanas de ramagens ou de pequenas construções rudimentares cobertas de colmo; um destes compartimentos é reservado ao fogo do sacrifício, que o vanaprasta trouxe do seu próprio lar, ao deixá-lo. O anacoreta veste urna roupa de casca de árvore, cujo filamento era obtido, ainda recentemente, esmagando-se entre duas pedras a casca de certas árvores (Sterculia urens e Antiaris suddecanea, em particular); traz os cabelos soltos, alimenta-se de frutos e raízes, acolhe sem distinção de casta todos os caminhantes que passam pelo eremitério e vive entre os pássaros e animais da floresta, alimentando-os e cuidando deles. Sua ocupação essencial é abastecer-se da madeira necessária à. manutenção do fogo do sacrifício; esta madeira é acondicionada em feixes e levada para o eremitério, devendo alimentar o fogo sobre o qual são realizadas as oblações rituais com o auxílio de colheres de formas e dimensões variadas. Devendo observar castidade total, retoma ele certos aspectos de sua vida de bramacharin, banha-se três vezes ao dia, dorme sobre a terra nua, entrega-se ao ascetismo, estuda e medita o Veda. Enfim, o estado supremo da vida de um homem é o de samniasin, asceta nômade e mendicante, que ocupa a posição mais elevada e mais honrada. Praticando a confissão pública, possui, teoricamente, os mais profundos conhecimentos do Veda, da magia, da medicina e do ascetismo. O acesso ao culto, por parte de camadas mais populares do que antigamente, parece generalizar-se lentamente, para atingir seu pleno desenvolvimento na época seguinte. O culto privado transforma- se: o do fogo é substituído pela samdia, que consiste na adoração do sol nascente, em abluções diversas e em exercícios respiratórios: acompanhados de meditação. As oblações vegetais continuam a gozar de grande prestígio. A base da alimentação é o arroz. A carne, consumida, na época védica, não parece ter o seu uso completamente permitido, pelo menos nos meios budistas: os gregos assinalam, de fato, que os hindus se abstêm de comê-la, e Açoca interdita, ao mesmo tempo, a morte ritual de animais e o abate de gado. O arroz é, segundo os gregos, o elemento essencial da alimentação. As bebidas fermentadas não parecem proibidas, mas, com toda certeza, estão limitadas ao domínio ritual; o arroz serve-lhes de matéria-prima.
Auboyer, J. A Sociedade Maurya, (1957)

A língua sagrada da cultua védica era o sânscrito, embora na época de fixação da maior parte desses textos ela já fosse antiga. Os idiomas falados na época dos Maurya, por exemplo, seriam o Prakrit, Karoshti e talvez o Páli, língua em que teria sido escrito o cânone budista. O sânscrito, no entanto, foi preservado como idioma religioso.

A execução das funções ditas “liberais” na sociedade, tais como medicina, arte, artesanato, etc., estavam divididas entre as varnas. Sabemos por diversos textos que a sociedade contava com diversos ramos produtivos, e com diversões também, como teatro, jogos, entre outros. É provável que existisse uma certa mobilidade social em classes mais atuantes como a dos vasyas e kshatryas, que eram obrigadas a estar em contato constante com o resto do povo, não só exercendo controle mas também, interagindo, absorvendo e divulgando conhecimentos nesse meio (Auboyer, 1969).

A vida dos indianos antigos parecia ser, portanto, um desdobramento organizacional das concepções de ordem e de universo que os mesmo possuíam. No entanto, embora tenhamos motivos para acreditar, através da documentação, que parte dessa estrutura era real, observamos também que ela não cobria aspectos diversos dessa vida cotidiana, principalmente das classes mais baixas, o que nos permite uma série de inferências positivas sobre o papel desses grupos e de seu modo de vida, num sentido mais flexível em relação à ideologia dominante.

A fome não é o único suplício instituído pelos deuses. Os mortos também aparecem aos que vivem na fartura. Não diminui a riqueza de quem faz donativos. O avarento não encontra ninguém que o lamente.
Quem é insensível em face do miserável faminto, do doente, não encontra ninguém que o lamente. Generoso é quem dá ao mendigo vagabundo, magro, faminto. Quem o socorre, chamando-o na estrada, adquire um amigo para os dias futuros.
Quem não dá uma parte do seu alimento ao amigo, ao companheiro de viagem, não é amigo. O amigo ou o companheiro afaste-se dele e vá à procura de outro, generoso, ainda quando seja estrangeiro.
O poderoso deve dar ao oprimido. Pense na estrada que tem a percorrer. A riqueza gira como as rodas de um carro, ora vai para um lado, ora vai para o outro, no caminho.
O insensato poupa o alimento em vão. Em verdade, eu vos digo, o alimento é a sua perdição. Ele não arranja nem um camarada, nem um amigo. Comendo sozinho, ele está só com o seu erro.
No trabalho, a charrúa acalma a fome. Andando, termina-se a viagem. O sacerdote que fala, leva vantagem sobre o sacerdote que não fala. O amigo que faz donativos vale mais do que aquele que não os faz.
Rig Veda