Os indianos antigos tinham uma vida de trabalho constante, que aumentava em obrigações segundo a varna de cada um. Em geral os Brâmanes levavam a vida mais calma, executando ofícios e rituais e vivendo de rendas e contribuições geridas pelas outras varnas. Viviam sobre uma série de prescrições alimentares e sociais excludentes, e podiam possuir servos e escravos, embora o receio de serem contaminados por “impuros” os fizessem preferir no trabalho caseiro as mãos de elementos de sua própria varna, em geral familiares, senão no máximo de outras varnas mais próximas.
A questão das varnas aí é importante: ela incluía um estamento jurídico que delimitava cada varna segundo não só a função social do homem como sua origem familiar, sua profissão, sua língua, seu lugar de nascimento, etc. Por vezes, dentro de uma varna existiam sub grupos, com leis específicas para cada. A tendência de homogeneizar estava mais presente de fato nas outras varnas, principalmente nas inferiores.
Já os Kshatryas e os Vasyas viviam mais livremente, já que podiam trabalhar em diversas atividades lucrativas e sofriam prescrições mais leves que as dos brâmanes. De fato, aos sudras e aos párias é que restavam as piores atividades sociais, mas em seu meio a liberdade de relações era bem maior.